PRÉMIO OC

Prémio da 
Oficina do Cego 
para a Edição Independente



O vencedor do 2º Prémio Oficina do Cego para a edição independente, relativo ao período de Setembro de 2014 a Agosto de 2016, é o projecto Postas de Pescada Jornal Sempre Fresco editado por Ana Biscaia e Emanuel Cameira.
O júri entendeu ser este projecto inovador e consistente, no contexto da edição independente, aliando a capacidade de produção à colaboração com autores contemporâneos, e à valorização de autores clássicos.
No âmbito do prémio da Oficina do Cego para a edição independente, o conceito de edição independente é compreendido de uma forma abrangente, não havendo uma concentração exclusiva sobre aspectos que possam ser vistos como de "conteúdos" (textos, imagens, programas, respostas estéticas, implicações políticas, diálogos sócio-culturais) ou como de "formas" (design, materialidade, escolas e estilos), mas antes enquanto um gesto particular de agregar os variados componentes num corpo coerente. De questões editoriais propriamente ditas a questões autorais (a solo, colaborações, colectivos, projectos conduzidos centralmente, orgânicos, etc.), passando igualmente por questões financeiras, comerciais, de distribuição e comercialização, de formatos e géneros, das disciplinas artísticas envolvidas, e inclusive perspectivas críticas ou de participação em círculos criativos diferenciados (por exemplo, banda desenhada, fotografia e poesia), tudo é considerado e ponderado nos seus equilíbrios internos.
A variedade de projectos aceites a concurso demonstra a diversidade de objectos que podem cair na categoria edição independente, com multíplices prestações técnicas, graus de rigor, e formatos, tamanhos, pesos, materiais.
A opção pela atribuição do 2º prémio Oficina do Cego a Postas de Pescada Jornal Sempre Fresco não implica a menor qualidade ou demérito dos restantes projectos apresentados. É tão somente a escolha deste ano, estruturada no interior do universo dos concorrentes.
O júri decidiu privilegiar o aspecto procedimental do projecto. Por ser um periódico, não se esgota no objecto que é concretamente apresentado a concurso. Por ser um objecto aparentemente banal, realça o aspecto de “múltiplo democrático” de alguma edição independente. Por implicar a participação de autores diversos, de várias disciplinas artísticas, de várias gerações, de autores clássicos, recorre a outra característica de uma parte da edição independente: a colaboração e a participação, e a pluralidade que estas originam.

Catarina Figueiredo de Cardoso e Ana Barata, membros do júri do prémio desta edição.
O terceiro membro do júri foi Gonçalo Pena.




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